Após a independência da Argentina, em 1810, as Ilhas Malvinas foram invadidas, ocupadas e repovoadas pelo Império Britânico, em 1833. No campo diplomático, se iniciou uma longa disputa entre Reino Unido e Argentina. Os argentinos legitimamente reivindica a soberania nas ilhas.
No dia 2 de abril de 1982, a histórica disputa sobre as Ilhas Malvinas desenvolve-se para o campo bélico e inicia-se a Guerra das Malvinas. Resultando na morte de 649 argentinos e 255 ingleses.
Nas décadas anteriores, a Ditadura Argentina havia equipado suas Forças Armadas com equipamentos norte-americanos, ingleses, israelenses e franceses. Sem poder quebrar as patentes, o país ficou a mercê das tecnologias da OTAN para alimentar seu arsenal.
Quando estourou o conflito, os caças argentinos, equipados com mísseis franceses AMR-Exocet, afundaram quatro e incapacitando totalmente outros cinco navios da frota britânica. A armada argentina, por sua vez, perdeu apenas uma embarcação.
A então Primeira-Ministra britânica, Margareth Tatcher, exigiu ao Presidente francês, François Mitterrand, os códigos e frequências dos radares dos Exocet, para sabotagem dos mísseis utilizados em grande quantidade pelos argentinos. A partir daí, os Exocet disparados pelos argentinos contra as embarcações britânicas não mais explodiam quando atingiam o alvo, pois eram desativados remotamente.
Pierre Marion, diretor da Direção Geral de Segurança Exterior [DGSE], informou que para salvar a frota inglesa, o Serviço Secreto Britânico pressionou e conseguiu os códigos e estrutura logística dos caças Super Etendart, vendidos à Argentina. Reino Unido, França, Estados Unidos e Israel também espionaram e bloquearam a venda de peças para aeronaves e misseis, .
Os “democráticos” e liberais britânicos não só espionaram e violaram contratos, no livro de Ali Magoudi publicado em 2005 sobre Miterrand, o Presidente francês teria dito que Margaret Thatcher [Amada pelos neoliberais brasileiros] o ameaçou diretamente, dizendo que se ele não liberasse os códigos a Thatcher desfecharia um ataque nuclear sobre a cidade de Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina.
O fato é que os britânicos tinham 4 submarinos nucleares no atlântico sul e os seus navios iam armados com cargas de profundidade nucleares também.
GOLPISTAS ESTÃO TIRANDO O DIREITO DE DEFESA DO BRASIL
Na recente visita do deputado Bolsonaro aos Estados Unidos, foi anunciado a vontade dos norte-americanos de continuarem vendendo armas ao Brasil. O processo de rearmamento brasileiro com equipamentos obsoletos europeus e norte-americanos não é por acaso. Essa política está inserida na estratégia de realinhamento do Brasil à esfera de influência dos norte-americano, ao passo que a indústria militar nacional é desmontada, há um boicote ao programa nuclear brasileiro (via Lava-Jato) e a violação da soberania nacional com a entrega das riquezas minerais, energéticas e florestais.
Desde o golpe de 2016, os norte-americanos avançam no controle do Brasil. Primeiro, realizaram a Operação Amazonlong17 (um desdobramento de operações da OTAN) dentro da selva Amazônica, posteriormente firmaram diversos contratos militares (incluindo a atualização do sistema antiaéreo e antimísseis da Amazônia com armamento norte-americano). Em 2017, Temer havia recusado a compra dos Pantsir-S1 (sistema antiaéreo russo com direito ao pacote tecnológico), iniciado em 2013 pelo Governo legitimo da Presidente Dilma, optando por negociar com propostas da União Européia e Estados Unidos.
Em seguida, Heleno, “o homem de nível” do Ciro Gomes, entregou da Base de Alcântara para a NASA e a Embraer para Estatal militar Boeing, entregou a tecnologia dos caças gripen comprados durante o governo Dilma. Paralisou o do programa nuclear brasileiro e a designou um general brasileiro para trabalhar no Exército Sul dos Estados Unidos.
Para aprofundar a vassalagem, as Forças Armadas estão em via de aceitar o convite formal feito pelo Presidente dos EUA, Donald Trump e o Departamento de Defesa, ao Brasil para ingressar na OTAN. O único objetivo é colocar os soldados brasileiros como bucha de canhão em guerras pelo mundo, em especial contra os povos de Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia.
Estão enganados aqueles que pensam que o Brasil está livre de ataques dos EUA só porque temos uma classe dominante covarde e vende pátria. A história está cheia de exemplos de governos pró norte-americanos que foram derrubados e tiveram seus países invadidos quando contestaram os interesses do imperialismo.
O Brasil com suas proporções continentais é uma ameaça aos EUA. As corporações norte-americanas nunca escondem o interesse de roubar a Amazônia, Aquífero Guarani e Pré-Sal. Os próprios livros escolares estadunidenses mostram a Amazônia como “área internacional”. Caso um dia, sob quaisquer pressões, o governo golpista não atender as exigências dos EUA, ficamos nas suas mãos como ocorreu com a Ditadura Argentina na guerra das Malvinas. O nosso futuro está sendo ameaçado porque os Militares entregaram nossa soberania em troca de alguns milhões de dólares e de uma ideologia falida.
Os generais estão tirando do Brasil a possibilidade do país se defender ao destruir nossa indústria militar e aeroespacial, além de permitir toda a pilhagem dos nossos recursos com as privatizações e essas “reformas” demolidoras de direitos.
O Exército brasileiro se converteu em uma tropa de ocupação colonial para beneficiar o Imperialismo dos EUA. Servindo assim, como força de “braço policial” contra o próprio povo brasileiro. Sem derrotar o projeto entreguista das Forças Armadas não iremos avançar na construção da nação de século XXI.
Um comentário