Várias organizações políticas, partidos de esquerda e movimentos sociais se reuniram na quinta-feira [dia 6] perto da Casa Rosada, sede da República Argentina. para rechaçar a visita do golpista, Jair Bolsonaro em Buenos Aires.
Na Plaza de Mayo, perto da sede presidencial, sindicatos, as Mães da Plaza de Mayo e militantes da Frente de Esquerda se reuniram para repudiar a visita do capitão, fiel defensor da ditadura militar de 64, do neoliberalismo e da política imperialista conta os povos da América Latina.
“Seu ódio não é bem-vindo aqui” é o slogan do protesto que começará após a reunião com o Presidente Argentino, Mauricio Macri. Para mobilizar os argentinos que vão votar nas eleições presidenciais de outubro próximo Macri procura aliar com Bolsonaro para replicar Argentina as políticas reacionárias e neoliberais que foram impostas no Brasil.
“Bolsonaro é um fenômeno global com diferentes faces e nomes diferentes. Bolsonaro no Brasil, Macri na Argentina. Se Macri não fosse eleito na Argentina, talvez não tivéssemos um Bolsonaro no Brasil. Macri e Bolsonaro são os mesmos: as mesmas políticas de fome, desemprego, miséria, pobreza, reduzir o Estado e aumentar violência e a repressão contra os pobres “, disseram os manifestantes.
Os manifestantes também deixaram claro que a presença maciça de manifestantes nas ruas é para não permitir que governantes como Bolsonaro ou Macri permaneçam no poder. Além disso, nas redes sociais o protesto ganha força sob a hashtag #ArgentinaRechazaBolsonaro
Diferentemente da bufaria apregoada ao dizer que “Não faria política externa de acordo com as ideologias” [jargão roubado do PSDB]. O golpista vai à Argentina para ser cabo eleitoral de Macri, com o objetivo de mobilizar a base da extrema-direita argentina contra o campo peronista.
Como sempre, Bolsonaro volta ao Brasil sem nenhum resultado político ou econômico, apenas eleva a síndrome de vira-lata ao mais alto nível. A declaração conjunta entre Macri e Bolsonaro sobre a promessa de assinar o tratado entre Mercosul e União Europeia em seis meses se mostrou falsa, sendo desmentida pela própria UE. A única coisa que Bolsonaro mostrou como troféu foi uma possível conversa com Trump na próxima reunião do G 20.
