Não bastasse os ataques contra a indústria nacional, a 66ª fase da operação golpista Lava Jato, “Alerta Mínimo”, foi deflagrada hoje (27) tendo o Banco do Brasil como alvo. Uma ordem de busca e apreensão foi expedido pela juíza golpista da 13ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, contra três funcionários e um ex-funcionário do Banco do Brasil em São Paulo.
Oficialmente, a ação tem por objetivo apurar a ação de doleiros e funcionários de três agências do Banco do Brasil em São Paulo por crimes de lavagem de dinheiro que teria sido praticada por empreiteiras que tinham contratos com a Petrobrás – e facilitado pelos alvos da operação. Segundo a Polícia Federal, as empresas precisavam de dinheiro em espécie para pagar propinas a agentes públicos.
Essa fase da operação ilegal vem na manhã seguinte à votação do STF que definiu que delator e delatado são réus diferentes, o que, em tese, abriria precedentes para a revisão de algumas condenações da operação golpista.
É fato que a operação está desgastada em função das revelações do Intercept nos últimos meses, fazer surgir algum grau de tensionamento entre a força-tarefa e o STF. No entanto, a análise mecanicista de alguns setores – tanto bolsonaristas quanto esquerdistas, de que isso se traduziria pelo esvaziamento da Lava Jato, carece de concretude.
Pelo contrário, a Lava Jato tem ampliado sua área de atuação, não se restringindo mais seu trabalho nos ataques à indústria nacional pública e privada. Hoje, a Lava Jato se volta também contra as instituições financeiras do país. Delegada à Lava Jato pelos EUA, a missão de destruição de todas as bases do Estado nacional brasileiro segue a todo vapor. Afirmamos categoricamente que não há sequer indícios de que o golpe imperialista abandonaria a ferramenta política e policial de controle e ataque ao país que, nos últimos anos, se tornou principal.
