Até o momento, 8 camponeses bolivianos foram mortos como resultado da repressão policial militar no departamento [estado] boliviano de Cochabamba (centro), afirmou a CNN em Espanhol. Além disso, a repressão deixou um saldo com mais de 125 feridos.
Os assassinatos do povo boliviano estão associados aos protestos contra o golpe na Bolívia, onde um governo da autoproclamada presidente Jeanine Áñez, inicia uma transição ao neoliberalismo e a destruição nacional, assim como ocorreu no Brasil de 2016.
As forças policiais e o Exército usavam armas de fogo contra a população. A Defensoria Pública da Bolívia expressou seu “alarme e preocupação” com o que aconteceu e exigiu investigação “se as ações de ambas as forças (a Polícia e as Forças Armadas) foram enquadradas dentro do estabelecido pela Constituição e protocolos internacionais de respeito pelos direitos humanos “. Também exigiu “uma investigação imediata para esclarecer as circunstâncias nas quais as mortes e ferimentos ocorreram”.
Em 14 anos de governo Evo Morales jamais a população foi reprimida com tamanha brutalidade. Desde o início das manifestações contra o golpe de Estado 26 mortes já são somadas, porém o número pode ser maior, visto que cresceram os números de desaparecidos e sequestrados pelo Exército.
O movimento camponês informaram nas redes sociais que eles também foram atacados por via aéreas, divulgando imagens de voos nivelados de um avião de combate, pelo menos um helicóptero e até um drone.
Por sua parte, o Presidente legítimo da Bolívia, Evo Morales condenou o massacre da população e convidou o mundo a prestar solidariedade ao povo boliviano em luta.
