Gleisi Hoffmann é reeleita presidente do PT para guiar o partido no enfrentamento ao golpe de Estado. Veja o discurso de posse da presidente reeleita do Partido dos Trabalhadores:
ORGANIZAR E FORTALECER O PT PARA ENFRENTAR O GOLPE DE ESTADO
Entre os dias 22 e 24 de novembro, na cidade de São Paulo, foi realizado o 7º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que definiu a linha política da organização para o próximo período e elegeu a Direção Nacional do partido. A companheira Gleisi Hoffmann foi reconduzida à presidência nacional com 72% dos votos. Em todo o período de eleições internas, mais de 350 mil filiados participaram para eleger direções municipais, estaduais e nacional.
Dos 5.570 municípios existentes, o Partido dos Trabalhadores consolidou a formação de diretórios em 4.000, sendo a organização política com maior capilaridade no território nacional. Tem em suas fileiras mais de 2 milhões de filiados e lidera todas as pesquisas como a principal preferência política do povo brasileiro.
Durante o golpe de Estado 2016, Gleisi foi a principal voz em defesa do mandato constitucional conferido à presidente Dilma Rousseff. No senado, foi a voz dos trabalhadores contra os ataques neoliberais e entreguistas dos governos golpistas Temer/Bolsonaro.
Por sua postura combativa, Gleisi foi atacada pelos golpistas, mas manteve a firmeza de defender o protagonismo do partido nas lutas sociais e o seu debate político programático em defesa do povo brasileiro e da soberania.
Gleisi resgatou o protagonismo internacionalista do PT ao deixar claro que a América Latina tem que resistir como um todo às politicas dos golpes dos Estados Unidos. Colocou como tarefa prioritária ao PT a unidade das lutas do povo latino-americano através de campanhas e fóruns internacionais.
Durante o pior momento de assédio contra o povo venezuelano, quando o imperialismo impunha um “presidente autoproclamado” e ameaçava o país de invasão militar, Gleisi não cedeu as pressões e foi à posse do Presidente Nicolás Maduro representando o Partido.
Enfrentou a campanha da direita que visava isolar o governo Maduro para posteriormente agredir o país com a suposta “ajuda humanitária”, que mais tarde foi revelada que os países do grupo de Lima tentaram entrar no país com armas para fomentar a guerra civil. Quando era mais fácil aderir à campanha de calúnias, tal como fez Ciro e PSOL, lá estava a companheira Gleisi para defender o legítimo governo eleito de Maduro e o povo venezuelano.
Gleisi travou um enfrentamento duro contra os golpistas, inclusive contra aqueles que se camuflam de “esquerda” para enganar o povo, como é o caso de Ciro Gomes, que a todo momento tenta omitir os avanços do governo Lula-Dilma e seu partido.
Os golpistas tentam através de uma campanha de marketing afastar o Partido dos Trabalhadores dos movimentos sociais. Dizem que o PT é “radical e ultrapassado” para impulsionar o que eles chamam de “esquerda responsável”, que na realidade é uma “esquerda” que visa se adaptar ao novo Regime Militar.
Essa balela de “esquerda responsável” não durou muito. Em pouco tempo, a chamada “esquerda responsável” mostrou para que veio. Serviu unicamente para implantar mais confusão política na cabeça do povo, no Congresso defenderam a eleição de Rodrigo Maia e o crime contra a pátria que representa a entrega da Base de Alcântara. O PDT foi mais longe no seu golpismo, votou à favor da Reforma da Previdência e da Reforma Trabalhista.
Ficou provado que essa iniciativa visa reabilitar a política neoliberal fascista do PSDB, através da composição de um “centro”, que foi demolido pelo seu próprio golpe de Estado. Afinal, a direita tradicional não calculou bem a alta rejeição do povo as políticas neoliberais.
Por essa razão, o PSDB, DEM e Rede Globo empoderaram a máfia de Lava-Jato e as milícias dos militares. Incapazes de vencer o Partido dos Trabalhadores nas urnas aderiram ao fascismo, a essência da classe dominante. Com a Lava-Jato destruíram empresas públicas e privadas e impuseram a cartilha do neoliberalismo ao povo brasileiro.
Através de um processo falso, a operação golpista Lava-Jato condenou e prendeu o Presidente Lula, impedindo que ele fosse eleito e fraudou as eleições 2018. Mesmo perseguido, o Partido dos Trabalhadores foi o segundo colocado no processo eleitoral.
Segundo Gleisi, o PT vai seguir tratando como prioridade à campanha Lula Livre, ajustando e aperfeiçoando o movimento. Gleisi deixa claro que nossa tarefa é construir comitês por todo o país, porque queremos a anulação das sentenças da Lava-Jato e o PT voltar a governar com Lula presidente do Brasil novamente.
A mídia tentou, mas não conseguiu pautar as eleições internas do Partido dos Trabalhadores. Por conta da sua capilaridade e do peso geopolítico do Brasil, o PT se tornou o principal escudo dos trabalhadores da América Larina e de defesa da paz na Venezuela.
Gleisi representa o protagonismo da militância na construção do partido. Resgatou a história do PT, que ao longo de 40 anos de luta sempre esteve ao lado do povo. Foi a militância que fez o PT resistir a todos os ataques do golpe continuado, que tentam demolir os direitos conquistados na Constituição de 1988 e nos governos democráticos-populares de Lula e Dilma.
Gleisi confia que o povo vai reagir e contra-atacar a política do golpe. As manifestações no Chile, Equador, Peru, Argentina, Colômbia e Haiti demonstram que o povo vai lutar para defender seus direitos e vencer, nas ruas, os traidores da pátria.
O PT veio para polarizar o país sim. Polarização essa que é um nome bonito usado pela classe dominante para ressignificar uma coisa que sempre esteve presente no país: a luta de classes! A eterna luta entre independência e subserviência colonial, entre nacionalismo e entreguismo, entre a esmagadora maioria trabalhadora e a classe dominante atrasada, entre senzala e casa grande.
Todos esses desafios exigem que travemos uma campanha séria para defendermos Lula, Dilma, Dirceu, o partido e todos os seus militantes. Atuar no Parlamento é importante, mas é preciso que tenhamos uma organização forte, retomando a política de nucleação, filiações e organização para disputar a hegemonia na sociedade brasileira. Nada substitui o trabalho de base junto ao povo nas ruas, igrejas, locais de trabalho, moradia e estudo.
A linha central do partido é defender o povo brasileiro e a nação, é nessa pauta de combate do golpe no Brasil que iremos libertar o povo do neoliberalismo e neocolonialismo. O caminho do PT é ser o escudo do povo, para que o povo tenha trabalho, renda, direitos sociais e possa viver com dignidade.
