No dia 27 de junho, a coordenadoria da Polícia Civil desencadeou uma operação batizada “Repugnare criminis” nas comunidades da Ilha do Governador ( Praia do Rosa, Guarabu e Dendê ). O alvo da operação eram dois policias militares, donos de depósitos de gás, usados para lavagem de dinheiro. A investigação partiu do Ministério Público que culminou com a denúncia contra o PM Khaled Hable, acusado de pagar “pedágio” a Guarabu para ter preferência na venda de gás na Ilha.
O Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar participou da operação com agentes dos batalhões de Operações Especiais (Bope), de Polícia de Choque (BpChq), de Ações com Cães (BAC) e do Grupamento aeromóvel (GAM). A partir de informações da área de inteligência da PM, o COE desencadeou ações de abordagens e vasculhamento nas comunidades.
Por volta das 5h30 min, policiais militares fizeram uma emboscada, a partir da denúncia do informante que revelou o paradeiro do líder do TCP [ que retornava de uma reunião com lideranças da facção, repentinamente cancelada, na Maré. Fernandinho Guarabu e seus comparsas foram fuzilados dentro de um carro na comunidade do Guarabu.
Segundo investigação do MPERJ e da Polícia Civil, a facção TCP transformou o Morro do Dendê em um entreposto de drogas e de armas. A localidade é apontada como uma área estratégica por ter a presença do Aeroporto Internacional do Galeão e de inúmeras bases das Forças Armadas. Também aponta que todo mês, a quadrilha gastava meio milhão de reais com propina para policiais do 17º Batalhão da PM da Ilha do Governador.
O relatório do MPERJ revelou a corrupção policial que se beneficia das atividades ilícitas deste cartel. Destacou: dado a quantia significativa em propina gerado por esse criminoso, 500 mil por mês, a capacidade logística dessa organização em adquirir armas, tais como os 117 fuzis do ex-PM Ronnie Lessa, aferir lucros com o tráfico drogas, extorquir e coagir comerciantes e a população, e expandir os negócios, a quadrilha de Guarabu permaneceu intocável durante quase duas décadas.
A quem interessa a morte do chefe do TCP ? Ao comandante do 17º batalhão que não é!
Segundo fonte da própria PM, o bairro da Ilha do Governador estava sob intervenção policial. As comunidades da Praia do Rosa, Guarabu e Dendê estavam sob cerco de agentes das Polícias Civil e Militar. Havia informações da área de inteligência sobre o paradeiro do traficante. Em tese, às investigações policiais partem do esforço de manter vivos criminosos para fins de desenvolver a linha de investigação. Sabendo-se, que na prática, policiais capturam criminosos para efetuar extorsão.
Considerando que Fernandinho Guarabu estava em desvantagem numérica e material, e sabendo-se que nessa situação, geralmente, todo chefe de quadrilha se entrega à polícia pois pode chefiar à organização criminosa de dentro da prisão inclusive com regalias no sistema prisional.
Então, por que policiais militares fizeram uma emboscada, mataram e capturaram os sete aparelhos de celular do narcomilíciano Fernandinho Guarabu ?
A não ser que seja para ocultar o envolvimento dos militares e as narcomilicianos que foram flagrados praticando o tráfico internacional de drogas dentro de um avião da FAB a serviço da presidência da república.
Após emboscada, policiais furtaram sete celulares no carro do traficante Guarabu
Durante coletiva de imprensa na sede do Batalhão de Choque, o Porta-voz da PM [Mauro Fliess] diz: Neutralizamos ele [Fernandinho Guarabu], não têm mais nada o que falar.
Após emboscada foram encontrados dentro do carro — um fuzil, quatro pistolas, três granadas, sete radiotransmissores e um caderno com anotações do tráfico, além de drogas. Policiais Miliares apresentaram, no mesmo dia, na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e fizeram o registro da ocorrência. No entanto, a existência dos aparelhos não foram relatados e o material não foram entregues.
Promotores do MPERJ e investigadores da Polícia Civil monitoravam o chefe do TCP e consideravam os aparelhos fundamentais para descobrir suas redes de contatos e envolvimento com miltares. Os telefones, entretanto, não foram apresentados à delegacia especializada pelos PMs do Batalhão de Choque que mataram Guarabu. Os aparelhos foram roubados e permaneceram sob posse de PMs por mais de 24 horas.
Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e promotores sabiam que havia celulares no carro porque os aparelhos estavam grampeados com autorização da Justiça.

Promotores do MPERJ solicitaram à Corregedoria da PM que os aparelhos celulares fossem entregues. Após descobrirem que os aparelhos emitiram sinais e determinando a localização partindo de dentro do Batalhão de Choque.
Durante a coletiva de imprensa, o coronel Mauro Fliess, confirmou que os celulares foram levados para o Batalhão de Choque. Segundo ele, os aparelhos não foram entregues à DHC porque havia um mandado de busca e apreensão contra Guarabu obtido pela corregedoria da PM.
E assim permaneceu por mais de 24 horas sob posse da PM, tempo suficiente para realizar “hard reset” nos aparelhos, gesto que oculta e adultera às provas, uma clara fraude processual para obstruir a justiça e livrar os militares do crime de tráfico.

Republicou isso em EREMITAHIGHTECHe comentado:
PARTE DO TEXTO: ”””’Segundo investigação do MPERJ e da Polícia Civil, a facção TCP transformou o Morro do Dendê em um entreposto de drogas e de armas. A localidade é apontada como uma área estratégica por ter a presença do Aeroporto Internacional do Galeão e de inúmeras bases das Forças Armadas. Também aponta que todo mês, a quadrilha gastava meio milhão de reais com propina para policiais do 17º Batalhão da PM da Ilha do Governador.”””””” – QUEM REALMENTE ESTÁ NO CONTROLE DESTE PAÍS ?.
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