Na madrugada desta quarta-feira, um avião ucraniano, modelo Boeing 737 800, caiu em solo iraniano. O voo que partia de Teerã, Irã, com destino a Kiev, Ucrânia, decolou às 6:12 no horário local (00:12 no horário de Brasília), deixou 176 mortos, sendo 82 iranianos.
Não tardou para que informações desencontradas fossem utilizadas para forjar a opinião pública contra o país que teve sua integridade violada na última sexta (3) por um ataque terrorista que assassinou o comandante da Guarda Revolucionária do Irã, Qasem Soleimani.
Contradições na postura ucraniana
Logo depois do acidente, a Embaixada da Ucrânia no Irã prestou condolência aos vitimados do acidente e afirmou que se tratava de uma falha no motor. O site do Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia afirmnou que
“De acordo com as informações preliminares, o avião caiu como resultado de uma falha no motor por razões técnicas. Neste momento, a versão de um ataque terrorista está descartada”
Pouco tempo depois a embaixada voltou atrás e soltou uma nota afirmando que qualquer informação anterior não era oficial. Nesse segundo pronunciamento, a falha no motor foi omitida.

É de conhecimento público é que o modelo Boeing 737-800 tem uma série de relatos de falhas, e mais um acidente provocaria uma perda significativa nos ativos da empresa estadunidense, uma das maiores no ramo de aviação e de defesa do país.
Uma operação de false flag improvisada
Na manhã de hoje (8) já foi possível ver dezenas de matérias com informações confusas e desencontradas, com enunciados que associam a queda do avião à retaliação iraniana, que lançou foquetes contra bases no Iraque ocupadas pelas forças armadas dos EUA algumas horas antes. Trata-se de uma operação militar-midiática de false flag (bandeira falsa), típica da 4GW (Fourth Generation War, Guerras de Quarta Geração), que compreende a mídia enquanto tropa regular das forças armadas.
A retaliação iraniana aconteceu às 01:20 (horário local, 20:20 em Brasília), e o acidente com o Boeing 737-800 ucraniano aconteceu minutos após seu lançamento, as 06:12 (horário local, 01:12 em Brasília). Ou seja, o acidente quase 10 horas depois do bombardeio de retaliação do Irã.
Não tardou para que a caixa preta do Boeing 737-800 da Ucrânia fosse encontrada por agentes iranianos que, temendo uma investigação parcial, cogitam não devolver nem à Boeing, nem à Ucrânia. Posição acertada, uma vez que o país se encontra em Estado de Guerra e as investigações feitas por aliados e funcionários dos EUA podem acarretar em provas forjadas que servirão de justificativa não só para as agressões dos EUA contra o Irã, mas também para manter aquelas perpetuadas contra os outros países da região.
Resumo
São, portanto, duas suspeitas principais. A primeira, sustentada pelo imperialismo e seus veículos de mídia, de que o acidente seria fruto de uma sabotagem ou um ato de terrorismo cometido pelo Irã. A segunda, sustentada por nós, do campo anticolonial, de que se trata de fato de um acidente, o qual está sendo utilizado para uma operação improvisada de false flag. As causas do acidente, no entanto, são desconhecidas.