Ademais de precárias, as medidas de proteção à economia das famílias diante da crise do coronavírus, aventadas pelo governo federal, atingem uma parcela ínfima do povo brasileiro. Cinquenta por cento da população brasileira não tem empregos formais regidos pela CLT.
Na última semana, diversos governadores de estado impuseram quarentena à população, com medidas prolongadas. O agravamento da crise na Europa tornou imperiosas essas medidas.
O governo federal, como de costume, negou a crise e a pandemia. Além do mais, nada foi estabelecido ou sequer mencionado sobre a parcela (cerca de 50%) da população que não tem emprego regido pela CLT: são milhões de trabalhadores em aplicativos, contratos temporários, bicos, horistas, feirantes, diaristas.
Bolsonaro não parou a pauta neoliberal nem a entrega do nosso patrimônio aos norte-americanos. O Senado, a Câmara e a Alerj não fecharam. Nem teriam que fechar, mas trabalhar responsavelmente para defender o povo brasileiro e as empresas nacionais.
Não podemos aceitar nenhuma demissão neste momento. É vital defender os trabalhadores informalizados e juntar forças em um comitê de ajuda mútua dos trabalhadores contra a crise.
Os patrões não suportam a queda da taxa de lucro de suas empresas. Mas a vida dos trabalhadores é o maior patrimônio brasileiro. A proposta de uma ajuda de 600 reais é insuficiente; o corte dos salários e redução da jornada têm que ser atacados pelo conjunto da sociedade.
Nossa proposta inclui a defesa irrestrita de todos os comércios, mesmo os que não sejam considerados ‘necessários’, para que esta pandemia não se converta num genocídio contra os brasileiros.
Nenhum emprego a menos!
