Nessa terça-feira, 29 de março, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a Lei de Autorização de Defesa Nacional, que aumenta os gastos militares anuais do país na ordem de US$ 813 bilhões, um recorde mundial em meio a tensões com a Rússia. Ano passado, Biden já havia aumentado o orçamento de defesa em 5%, que era de US$ 770 bilhões. No ano anterior, 2020, a lei previa gastar 740.000 milhões em 2021, mas foi vetada pelo então presidente Donald Trump.
A nova lei destina US$ 773 bilhões para o Pentágono e mais US$ 40 bilhões agencias de segurança, tais como FBI, DEA, CIA outras centenas de agências dos EUA.
Para justificar a ampliação dos gastos em defesa, a Casa Branca anunciou que o orçamento é “para manter e fortalecer a dissuasão”, o orçamento prioriza a Rússia e a China como desafio constante do Departamento de Defesa.
O orçamento fiscal de 2023, que começa em 1º de outubro desse ano, terá o maior orçamento de defesa da história dos EUA, com US$ 130 bilhões destinados ao desenvolvimento de novos armamentos, como mísseis hipersônicos, para combater potenciais guerras contra China e Rússia.
Por sua vez, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, disse em comunicado que “este orçamento financia a modernização dos três componentes da tríade nuclear para garantir que os EUA continuem mantendo a dissuasão nuclear segura, estável e eficaz”.
O governo Biden buscou apoio de democratas e republicanos para o enorme orçamento militar, argumentando que o presidente russo, Vladimir Putin, representa uma ameaça crescente à segurança nacional e à política externa dos EUA.
Neste mesmo contexto, de acordo com a nota da Casa Branca, o documento prevê uma ajuda de 682 milhões de dólares para a Ucrânia para “combater a má influência da Rússia” como também conter a crescente influencia russa e chinesa na América Latina.
